"A menos que vocês provem para mim pela Escritura e pela razão que eu estou enganado, eu não posso e não me retratarei.
Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não é nem correto nem seguro. Aqui permaneço eu.
Não há nada mais que eu possa fazer.
Que Deus me ajude. Amém."

Martinho Lutero

sexta-feira, abril 15, 2011

Palestra de Norma Braga no Vinacc

É apenas o início da palestra:

"A primeira coisa que fiz, quando sentei à mesa para iniciar a palestra, foi perguntar à plateia: Qual é a religião mais perseguida no mundo na opinião de vocês?

As pessoas, muito participativas e simpáticas, logo exclamaram: o cristianismo. “É isso mesmo”, confirmei.

Uma organização católica — Aid to the Church in Need (Ajuda à Igreja Sofredora) — publicou no ano passado um relatório sobre a perseguição religiosa. Descobriu que o cristianismo é a religião mais perseguida no mundo, com duzentos milhões de sofredores por discriminação. O relatório identificou dois tipos de perseguição: por membros de outras religiões e pelo regime político. No primeiro tipo, a Ásia lidera o ranking, continente onde o islamismo é dominante. O segundo é composto de países comunistas: Cuba, China, Coreia do Norte, Vietnã e outros. O relatório também afirma que a liberdade religiosa em alguns países ocidentais está decrescendo: mesmo com a propalada liberdade do “Estado laico”, os cristãos são perseguidos principalmente por causa de símbolos religiosos e por posições pró-vida. Não por acaso, um foco gigantesco hoje de anticristianismo nos países democráticos são as universidades. Quem nunca sofreu discriminação no ambiente universitário por ser cristão? (Fiz essa pergunta à plateia e agora pergunto ao leitor. Difícil, não é? Todo cristão sabe o que é isso…)

Por que estou citando esses dados? Porque nós, cristãos, nunca nos vemos como vítimas. E é bom que seja assim. Nós somos filhos do Deus vivo, somos redimidos, lavados pelo sangue de Jesus. Não podemos nos colocar no papel de vítimas da sociedade. Colocar-se no papel da vítima e depois exigir seus “direitos” de modo a pisotear os direitos alheios tem sido uma estratégia cruel, com objetivos de incremento de poder, utilizada por muitos grupos ideológicos, principalmente os esquerdistas, as feministas, os adeptos da ação afirmativa e do lobby gay. É também o meio preferido dos terroristas modernos, que se justificam em seus atos violentos dizendo-se vítimas da sociedade e da história. Não podemos, de modo algum, imitá-los nisso — até porque não é nosso objetivo, nem deve ser, o aumento do poder social. Mas, paradoxalmente, de acordo com os fatos, nós cristãos somos vítimas de verdade. Temos sido vilipendiados e perseguidos de todos os jeitos, aberta ou veladamente, em todo o mundo. E como reagir a isso? Precisamos compreender o fenômeno por pelo menos três motivos: não podemos cair no conto da vítima desses grupos que pressionam por poder, nem adotar a mesma estratégia, nem nos confirmar voluntariamente no papel de culpados das mazelas humanas. Dar a outra face, nesse caso, seria continuar a testemunhar Cristo mesmo com todos esses obstáculos."

Norma Braga

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