Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não é nem correto nem seguro. Aqui permaneço eu.
Não há nada mais que eu possa fazer.
Que Deus me ajude. Amém."
Martinho Lutero
segunda-feira, dezembro 19, 2016
Somos bons em "jazer no maligno"!
O grego nos traz a ideia de que "o mundo inteiro está sob controle do mal", que me parece ser mais apropriado, já que O maligno não está solto por aí e não tem tanto poder assim. Mas esse não é o cerne de minha reflexão. Meu ponto hoje é que estando o "mundo inteiro" sob o domínio do mal, aqui em terras tupiniquins existe um know how em estar sob esse domínio.
Faz tempo que perdi o gosto pelos noticiários convencionais (TV aberta), é que os considero mais tendenciosos do que o aceitável e a escolha das manchetes me faz querer deprimir. É verdade que estou um pouco alheio as "notícias da moda". Normalmente "dou uma passada" pelos principais portais (UOL, G1, R7, Terra etc.) e leio as chamadas das notícias, não me interesso e sigo o meu dia.
Gosto de ler os artigos da ABL. Os ilustres imortais escrevem bem melhor que a maioria dos jornalistas e imagino que há uma melhor seleção e maior isenção (dentro do possível ao brasileiro) no que é comentado. Mas ainda assim me desiludo cada vez mais com o que temos de notícia em nosso país.
Enfim, dado o exagerado grau de desonestidade e hipocrisia que fica latente, nas diversas camadas da sociedade brasileira, ao se assistir/ler nossas "news" é que fico com a impressão que o "jazer no maligno" por aqui é "vivido" mais intensamente que no resto do mundo.
sexta-feira, setembro 09, 2011
A DECLARAÇÃO DE CAMBRIDGE
No decurso da História, as palavras mudam. Na época atual isso aconteceu com a palavra evangélico. No passado, ela serviu como elo de união entre cristãos de uma diversidade ampla de tradições eclesiásticas. O evangelicalismo histórico era confessional. Acolhia as verdades essenciais do Cristianismo conforme definidas pelos grandes concílios ecumênicos da Igreja. Além disso, os evangélicos também compartilhavam uma herança comum nos "solas" da Reforma Protestante do século 16.
Hoje, a luz da Reforma já foi sensivelmente obscurecida. A conseqüência foi a palavra evangélico se tornar tão abrangente a ponto de perder o sentido. Enfrentamos o perigo de perder a unidade que levou séculos para ser alcançada. Por causa dessa crise e por causa do nosso amor a Cristo, seu evangelho e sua igreja, nós procuramos afirmar novamente nosso compromisso com as verdades centrais da reforma e do evangelicalismo histórico. Nós afirmamos essas verdades e não pelo seu papel em nossas tradições, mas porque cremos que são centrais para a Bíblia.
SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade
Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.
Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.
A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.
A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.
Tese 1: Sola Scriptura
Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.
SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo
À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.
Tese 2: Solo Christus
Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.
SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho
A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.
Tese 3: Sola Gratia
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.
SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial
A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.
Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.
Tese 4: Sola Fide
Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.
SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus
Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.
Tese 5: Soli Deo Gloria
Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.
Um Chamado ao Arrependimento e à Reforma
A fidelidade da igreja evangélica no passado contrasta fortemente com sua infidelidade no presente. No princípio deste mesmo século, as igrejas evangélicas sustentavam um empreendimento missionário admirável e edificaram muitas instituições religiosas para servir a causa da verdade bíblica e do reino de Cristo. Foi uma época em que o comportamento e as expectativas cristãs diferiam sensivelmente daquelas encontradas na cultura. Hoje raramente diferem. O mundo evangélico de hoje está perdendo sua fidelidade bíblica, sua bússola moral e seu zelo missionário.
Arrependamo-nos de nosso mundanismo. Fomos influenciados pelos "evangelhos" de nossa cultura secular, que não são evangelhos. Enfraquecemos a igreja pela nossa própria falta de arrependimento sério, tornamo-nos cegos aos pecados em nós mesmo que vemos tão claramente em outras pessoas, e é indesculpável nosso erro de não falar às pessoas adequadamente sobre a obra salvadora de Deus em Jesus Cristo.
Também apelamos sinceramente a outros evangélicos professos que se tenham desviado da Palavra de Deus nos assuntos discutidos nesta declaração. Incluímos aqueles que declaram haver esperança de vida eterna sem fé explícita em Jesus Cristo, os que asseveram que quem rejeita a Cristo nesta vida será aniquilado em lugar de suportar o juízo justo de Deus pelo sofrimento eterno e os que dizem que os evangélicos e os católicos romanos são um em Jesus Cristo, mesmo quando a doutrina bíblica da justificação não é crida.
A Aliança de Evangélicos Confessionais pede que todos os crentes dêem consideração à implementação desta declaração no culto, ministério, política, vida e evangelismo da igreja.
Em nome de Cristo. Amém.
Aliança de Evangélicos Confessionais.
Cambridge, Massachusetts
20 de abril de 1996.
_______
Fonte: http://www.monergismo.com/textos/credos/declaracao_cambridge.htm
quarta-feira, junho 01, 2011
Pesquisa: O crente e o Sexo. Excepcional!
O projeto O Crente e Sexo foi concebido pelos editores de Genizah e contou com a participação da Revista Cristianismo Hoje – além do talento de uma série de líderes cristãos, convidados a colaborar nas linhas de abordagem do tema e na análise de dados.
A pesquisa foi realizada por meio digital e envolveu amostragem científica e envio de instrumento de coleta de dados, por e-mail, para 71.552 pessoas, de uma amostra da base de mais de 1,5 milhão de evangélicos cadastrados.
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/05/o-crente-e-o-sexo-pesquisa-parte-1.html#ixzz1O3FkDi2N
domingo, maio 08, 2011
Desarmamento: Metralhando Ricardo Gondim ~ Um novo olhar...
Mais de cem milhões de seres humanos foram assassinados por governos totalitários de linha marxista. É um fato triste, porém inegável. É difícil imaginar como líderes e governos marxistas não tiveram nenhum tipo de mínima sensibilidade para com seres humanos indefesos e conseguiram cruelmente eliminar tantas vidas. E é mais difícil ainda tentar entender como até hoje esse mesmo marxismo encontra refúgio, apoio e defesa entre milhões de seguidores socialistas, esquerdistas e progressistas — até mesmo entre os cristãos.
Contudo, toda essa enorme represa de sangue é acobertada pelos pretextos mais descarados e hipócritas. No Brasil, por exemplo, o brasileiro comum tem enorme dificuldade de entender a mortandade que a ideologia esquerdista já custou para a humanidade, pois os comunistas, socialistas, esquerdistas e progressistas do Brasil são abertamente “pacifistas” e contrários ao direito de o cidadão utilizar armas para a defesa de sua família. É como se o próprio diabo tivesse se transformado em anjo de luz, e a própria Bíblia diz que isso é possível.
No entanto, nenhum deles se levanta para protestar contra o uso de armas de fogo de governos comunistas contra seus cidadãos inocentes. Nenhum esquerdista pacifista do Brasil se levanta contra a violência armada da ditadura cubana contra seus cidadãos indefesos. Nenhum evangélico progressista se lembra de utilizar a Bíblia para atacar a violência armada dos governos comunistas. Por que?
Apesar de tudo, um evangélico progressista, em artigo na revista Ultimato, lembrou-se de atacar os evangélicos que votaram não ao plano do governo petista de tirar dos cidadãos do Brasil o direito de se defender. O voto não, que saiu vencedor, provocou tristeza entre os assassinos e criminosos, que correm o risco de enfrentar alguma vítima capaz de se defender, e causou indignação igual entre os esquerdistas ateus e os evangélicos progressistas, que pensam exatamente da mesma forma como o comunismo e o nazismo: nenhum cidadão tem o direito de se defender, principalmente das agressões armadas do governo.
Em artigo intitulado “Recado aos evangélicos brasileiros que votaram no Não”, na revista Ultimato de janeiro/fevereiro de 2006, Ricardo Gondim apresentou 7 pontos de sua oposição aos evangélicos que votaram não ao plano do governo petista de desarmar os cidadãos. O objetivo do referendo não era desarmar os criminosos, mas desarmar exclusivamente a população que mais sofre como vítima dos criminosos.
Minha principal motivação para escrever essa refutação é dar uma resposta clara, pois Gondim fez uma comparação ridícula, insinuando que os evangélicos que apoiaram o direito dos cidadãos do Brasil a uma defesa armada contra bandidos armados agora terão também de apoiar o direito das feministas ao aborto legal! Não fosse tal comparação, eu até deixaria Gondim em paz com seus pensamentos inconsistentes, mas acho que agora chegou o momento de uma resposta. É claro que ele andou escrevendo vários textos estranhos e polêmicos ultimamente, porém deixarei para irmãos em Cristo mais experientes o dever de refutá-los.
Portanto, mencionarei os argumentos esquerdistas de Gondim contra a defesa pessoal e logo em seguida respostas minhas e do irmão Marcos Grillo.
Argumento de Ricardo Gondim: 1. A partir de agora, os evangélicos que votaram no Não deveriam se sentir constrangidos de citarem, em qualquer circunstância, os conceitos pacifistas de Jesus. Mateus 5.9: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus”. Mateus 26.52: “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão”. Entenda-se por “pacifismo” a ideologia, ou o sistema de crença, que sustenta a imoralidade de machucar ou matar alguém, para conseguir o que se quer. Os pacifistas acreditam que bons fins não podem justificar a morte. Igualmente, seu entendimento de causa e efeito é de que bons fins crescem de bons meios, assim como um bom poema é composto de boas palavras. Os pacifistas acreditam que tanto a moralidade quanto o bom senso requerem que “vivamos as mudanças que queremos ver”. Lucas 6.29: “Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica”.
Resposta de Julio Severo: Eu não sei o que você faz, mas quando a filha de um evangélico progressista é estuprada, ele dá a outra também ao estuprador. Se o bandido vem para matar a esposa, o evangélico progressista também oferece os filhos. Ou se você acha esse raciocínio extravagante, então apenas consideremos que por amor à paz Gondim e todos os seus amigos esquerdistas suportam processos e injustiças sem nunca recorrer a um advogado! Se um bandido invadir sua casa, evidentemente ele jamais chamará a polícia. É claro que seria uma bênção o bandido voltar depois arrependido trazendo nos braços os produtos roubados, e esperemos que Gondim venha algum dia a adquirir fé suficiente para que o final de seus encontros com bandidos sempre seja assim! Não há dúvida nenhuma de que Jesus é um pacifista por excelência. Aliás, ele é o Príncipe da Paz. Contudo, a luta pela paz também envolve guerras, como o próprio Jesus vai demonstrar no final desta era. O conceito de paz na Bíblia envolve equilíbrio e bom senso. Ninguém em todo o universo é mais a favor da paz do que o Senhor Jesus. Contudo, para os que recusam terminantemente sua paz, o Senhor Jesus fará guerra, como confirma o Novo Testamento: “Vi os céus abertos e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. Os exércitos dos céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. ‘Ele as governará com cetro de ferro’. Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”. (Apocalipse 19:11-16 NVI, o destaque é meu.) Embora seja campeão da paz, Jesus também sabe julgar e guerrear com justiça. Guerrear, se Gondim não sabe, é fazer guerra. Como Jesus, eu também sou a favor da paz e contra a guerra. Mas se houver guerra, temos a obrigação de usar o bom senso. Davi também era um homem de paz, e ele próprio declara: “Quando falo de paz, eles falam a favor de guerra.” (Salmos 120:7 NTLH) Mas as necessidades da vida tornavam necessário o uso da força. O próprio Jesus declarou: “Não pensem que eu vim trazer paz ao mundo. Não vim trazer a paz, mas a espada.” (Mateus 10:34 NTLH).
Na mentalidade de Gondim, que segue Gandhi, Jesus jamais recorreria à guerra. Mas Jesus não é adepto de Gandhi, nem de Gondim! Quanto ao fato de que Jesus mandou Pedro guardar a espada, não foi uma ordem eterna, mas uma direção importante para o momento em que ele estava sendo preso. Pedro queria usar a espada para defender o Senhor Jesus, que é Deus! Nós, seres humanos, precisamos nos alimentar e nos proteger, porém ninguém pode alimentar e proteger a Deus! Mas Jesus não mandou o centurião romano guardar a espada (Mateus 8:5-13) e Pedro, em Atos 10, também não mandou outro centurião romano guardar a espada. Davi utilizou a espada, assim como milhares de outros servos de Deus, e ele não morreu pela espada. Na passagem em que Jesus orientou Pedro a guardar a espada, a orientação era para aquele momento definido, significando que Pedro deveria ficar com sua espada, mas sem usá-la naquela ocasião. Não era uma ordem eterna e universal. Além disso, a recomendação de Jesus foi para Pedro apenas guardar, não jogar fora, sua espada. Jesus também havia orientado um jovem rico a entregar todas as suas riquezas aos pobres (Lucas 18:18-23). Se essa orientação fosse eterna e universal, todos os cristãos ricos — inclusive alguns verdadeiros impérios cristãos — deveriam entregar todas as suas riquezas aos pobres. Mas mesmo que essas duas orientações fossem realmente mandamentos eternos e universais, eu não veria problema algum, pois eu estaria completamente isento: Não tenho nem nunca tive riquezas nem armas!
Argumento de Ricardo Gondim: 2. A partir de agora, os evangélicos que votaram no Não deveriam se sentir constrangidos de afirmarem que crêem na teologia paulina de que o testemunho cristão não se molda à cultura de violência do mundo. Romanos 12.21: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”.
Resposta de Julio Severo: Gondim acha que todas as armas nas mãos de pessoas que não são assassinas nem criminosas levam ao crime. Então, seguindo esse raciocínio todas as armas nas mãos da polícia e do exército levam ao crime. Assim, todos — cidadãos, policiais e militares — devem ser desarmados, para que somente os bandidos andem a vontade? É isso mesmo o que Gondim quer? É inegável que há um grande número de acidentes fatais de estrada provocados por motoristas embriagados. Vamos então proibir o uso de veículos, em vez de apoiar leis que castiguem os alcoólatras? É preciso mencionar também que muitos assassinatos são cometidos com o uso da faca. Devemos então desarmar toda a população de todo tipo de faca? E as situações em que pessoas são mortas a socos e pontapés? Haverá a necessidade de estabelecer leis que obriguem a amputação de toda a população? Teremos então uma sociedade sem armas, sem facas, sem carros e cheia de pessoas sem mãos e pés! Mas essa não é a solução. Em situações de emergência, o cristão deve agir com força, não covardia. Se ele vir um criminoso estuprando uma menininha, será que ele, como quer Gondim, imitará Gandhi e se limitará a fazer apenas uma oração para que o estuprador poupe sua vítima ou pelo menos que não judie muito dela? É um grande dilema para o “pacifista” esquerdista, pois se ele utilizar a força, estará violando seus conceitos “pacifistas”; se não a usar, a vítima inocente não terá esperança alguma. Mas o cristão sincero não é obrigado a seguir essa covardia pacifista. Milhões de cristãos participaram da luta armada para deter o ditador Adolf Hitler, e muitos cristãos que não serviram como soldados mantinham-se em constante oração para que as tropas armadas vencessem Hitler. Até mesmo o Pr. Dietrich Bonhoeffer, morto em campo de concentração nazista, era membro de um movimento armado secreto na Alemanha que queria matar Hitler. Pelo visto, Gondim levaria flores para Hitler!
Argumento de Ricardo Gondim: 3. A partir de agora, os evangélicos que votaram no Não deveriam se sentir constrangidos de alardearem que admiram os posicionamentos de Gandhi ou Martin Luther King. Gandhi: “O que se obtém com violência, só pode ser mantido com violência”. Martin Luther King: “O homem nasceu na barbárie, quando matar seu semelhante era uma condição normal de sua existência. Nasceu-lhe uma consciência. Agora é chegado o dia em que a violência contra um ser humano deve tornar-se tão horrorosa como comer a sua carne.”
Resposta de Marcos Grillo: Que cristão está interessado em “alardear que admira os posicionamentos de Gandhi ou Martin Luther King”? Não temos nenhum compromisso com esses senhores, nem temos a obrigação de lhes prestar reverência. Nosso mestre e referencial último é Jesus Cristo, e quem tem Jesus não tem nenhuma necessidade de “alardear” que “admira” Gandhi, Luther King ou quem quer que seja, nem está preocupado em parecer elegante citando esses ícones do pacifismo. Quanto à frase de Gandhi, basta lembrar que o uso da força militar por parte do Estado é um princípio básico da ordem social, sem o qual a barbárie seria inevitável (e a paz, impossível). E com relação à citação de Luther King, cabe reiterar que não se trata de apelar para a violência gratuitamente, mas sim como um recurso último e inevitável. No caso do voto no “não”, tratou-se de preservar um direito elementar de todo cidadão, que é o de poder adquirir e usar uma arma para proteger a si, a sua família e o seu patrimônio, se assim julgar conveniente e necessário.
Resposta de Julio Severo: A apelação de Gondim é tanta que até parece que o principal sonho da vida dele é ver toda a população brasileira sem nenhum tipo de arma para defesa. Meu desejo para o Brasil é ver todos os brasileiros aos pés do Senhor Jesus! Mas se Gondim quer ser criativamente profético, por que ele não vê em seus sonhos todos os traficantes do Rio sem nenhum fuzil nas mãos? Por que ele não vê em seus sonhos Fidel Castro e seus homens fortes sem nenhuma arma para agredir a indefesa população cubana? Se ele quiser, posso dar a ele uma lista tão grande de outros alvos importantes para legítimo desarmamento que não lhe sobrará mais tempo algum na vida para se ocupar escrevendo textos inúteis. Quanto a Martin Luther King, será que podemos considerar como bom exemplo um homem que era pastor evangélico mas que se envolvia com prostitutas? É confiável o caráter de um pastor conhecido por levar uma vida dupla recheada de imoralidade? A Bíblia chama tal falta de caráter de hipocrisia. É nesse tipo de gente que Gondim se espelha? Se nem em King podemos confiar, muito menos em Gandhi! Mas graças a Deus, podemos confiar e nos espelhar em Jesus, pois ele é perfeito!
Argumento de Ricardo Gondim: 4. A partir de agora, os evangélicos que votaram no Não deveriam se sentir constrangidos de se posicionarem contra o argumento das mulheres que defendem o aborto alegando que o governo não tem o direito de legislar sobre seu corpo. Milhões de cristãos evangélicos defenderam o direito de se portar armas usando exatamente este argumento: seus direitos constitucionais seriam invadidos pelo governo. Ouviu-se repetidamente que os evangélicos não apoiavam o uso de armas de fogo, porém defendiam o “direito” dos outros cidadãos de comprarem pistolas, revólveres e rifles.
Resposta de Marcos Grillo: Acontece que o argumento segundo o qual a proibição do aborto fere um “direito” da mulher é simplesmente inadmissível, pelo simples fato de que o que está em jogo não é o corpo da mulher, e sim o ser humano que ela carrega em seu ventre, o qual tem constitucional, ética e moralmente os mesmos direitos de sua genitora (inclusive o direito à vida). Cabe ao governo garantir os direitos de todos os indivíduos, o que inclui os nascituros, e não sobrepor o suposto “direito” da mulher sobre o seu corpo (como se o feto não passasse de uma “parte” do corpo da mulher, ou um “invasor”) ao direito do feto à vida.
Resposta de Julio Severo: Gondim vê o uso de arma para defesa pessoal como instrumento exclusivo para matar. Nunca lhe ocorre à mente que o homem ou mulher que quer defender sua família de um bandido agressor não precisa necessariamente apontar a arma diretamente para o coração ou para o meio da cabeça do criminoso. Pode-se se for possível acertar o pé ou outro membro, a fim de que o agressor seja imobilizado em sua violência. A arma, no Brasil, é sinônimo exclusivo de morte apenas no caso de criminosos assassinos. Nos governos comunistas, a arma também é sinônima de morte. Mas para a população que tem o direito de se defender contra criminosos fortemente armados, a arma tem apenas a função de defesa. Por isso, não dá para entender a histeria de Gondim. Se ele é realmente contra o uso violento e injusto das armas, dou todo meu apoio a ele e incentivo-o a ir para Cuba pregar lá seu pacifismo e desarmamento para os agressores comunistas. Ou então que ele visite as favelas do Rio e São Paulo e pregue para os traficantes de fuzil seu evangelho do desarmamento. Quanto ao aborto e o direito de uso de arma para defesa pessoal, não há comparação legítima alguma. Quem utiliza uma arma para defender sua família está armado contra violências e agressões letais de criminosos, não para atacar crianças inocentes. No caso de mães grávidas que querem abortar, a criança a ser abortada não agrediu ninguém e não ameaçou a vida de ninguém. Ou o sr. Gondim enxerga todas as crianças como criminosas ou então ele vê todos os assassinos como se fossem tão inocentes quanto um bebê na barriga da mãe. Será que para ele acertar um perigoso assassino equivale a abortar uma criança inocente? A lógica de Gondim não tem lógica nenhuma! Na Bíblia, como em toda sociedade com liberdade e ordem, a defesa pessoal armada era permitida e o aborto era proibido. Mas agora Gondim, em seu jogo sujo, é frio e cruel: Se você quiser o direito legal de utilizar uma arma para defender sua família contra um criminoso armado então você deverá dar “igual” direito à mulher que quer abortar seu bebê inocente! Só gostaria de saber de uma coisa: De onde é que Gondim recebeu tal inspiração? Se o sr. Gondim é realmente um pacifista nato, então faça seus manifestos entre seus amigos esquerdistas do Brasil, que são campeões na luta pela legalização do aborto. Faça também manifestos entre seus amigos esquerdistas da China e Cuba, que mantêm suas populações indefesas e desarmadas a fim de agredi-las selvagemente.
Argumento de Ricardo Gondim: 5. A partir de agora, os evangélicos que votaram no Não deveriam se sentir constrangidos de orarem pedindo proteção divina. Não há necessidade de se buscar proteção divina quando se podem usar armas. É esquisito sair de casa com um trinta e oito na cintura e ainda assim citar textos como o Salmo 91: “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio’”.
Resposta de Julio Severo: A vasta maioria dos Salmos foi escrita por Davi, que pedia proteção e ajuda a Deus. Mas ele também fazia sua parte: ele utilizava normalmente uma espada, que era uma arma mortal equivalente a um rifle militar hoje. Quando o Senhor Jesus nos orientou a orar pedindo “o pão nosso de cada dia nos dá hoje”, ele não quis dizer que devemos cruzar os braços e deixar somente Deus fazer a parte dele. Como no caso de Davi, precisamos fazer a nossa parte, tanto para alimentação quanto para a defesa de nossas famílias. Quando Deus enviou o Apóstolo Pedro para levar o Evangelho ao centurião romano, Deus em nenhum momento condenou o centurião, que era um homem armado que comandava muitos soldados armados. Deus não ordenou que Pedro incentivasse o militar romano a se desarmar. (Confira Atos 10) Eu confio no Senhor Jesus e nunca toquei numa arma em toda a minha vida. Mas conheço as Escrituras o suficiente para saber entender que só porque eu não utilizo uma arma não posso condenar quem precisa utilizá-la. Aliás, há ocasiões e situações em que seu uso é necessário. Mas os comunistas não pensam assim. Para eles, a população deve permanecer eternamente desarmada diante de suas tiranias, sem mencionar que eles não dão o mínimo valor a Deus e sua bondade. Acredite se quiser, o Partido Comunista do Brasil teve o descaramento de fazer campanha para que, no referendo, a população votasse com o governo petista a favor do desarmamento da população. Tudo o que Gondim conseguiu fazer foi imitar os comunistas que, no Brasil, são “pacíficos” como as “ovelhas”, mas na China e outros lugares, verdadeiros lobos! No Brasil, eles também são lobos, mas pelo menos usam disfarce. Na China, Cuba e Coréia do Norte os lobos têm uma vantagem: eles não têm o trabalho de fingir que são ovelhas…
Resposta de Marcos Grillo: Quanta hipocrisia! Cabe perguntar novamente a Gondim se ele dispensa a proteção da polícia em seu bairro, cidade ou estado. Ademais, quem votou “não” votou na preservação do direito de adquirir arma e munições para uso residencial, e não no direito de “sair de casa com um trinta e oito na cintura”, o qual já foi cassado com a promulgação do chamado Estatuto do Desarmamento (que proíbe o porte de arma ao cidadão comum).
Argumento de Ricardo Gondim: 6. A partir de agora, os evangélicos que votaram no Não deveriam se sentir constrangidos de criticarem os gastos militares globais.
Resposta de Marcos Grillo: Quantos sofismas! Em primeiro lugar, como eu já disse, quem votou “não” votou simplesmente na preservação do direito de adquirir arma e munições para uso residencial, e contra uma medida demagógica e absolutamente inútil, uma vez que não acabaria com o comércio ilegal de armas, pelo contrário, aumenta-lo-ia, além de extinguir a possibilidade de um cidadão ter uma arma para prover sua segurança em locais e circunstâncias em que o Estado não chega ou simplesmente não existe. Ademais, a desproporção entre as despesas com armamentos e os gastos com problemas de ordem social é uma outra questão, muito mais complexa do que supõem os pacifistas mais ingênuos (perdoem-me a redundância). Há países cujos governantes propõem o desarmamento civil e dizem defender a paz, mas na realidade os seus gastos com armamentos não param de crescer, tais como Cuba, Venezuela, China e outros. Ora, se esses países não diminuem seus gastos com armas, por que os EUA e outros países deveriam fazê-lo? Trata-se, enfim, de uma questão complexa, que envolve intrincadas relações internacionais, e fazer referência a essa questão para acusar os não-pacifistas é pura falácia.
Argumento de Ricardo Gondim: 7. A partir de agora, os evangélicos que votaram no Não deveriam se sentir constrangidos de afirmarem que são cidadãos de outro reino. O reino de Jesus não é deste mundo nem as armas de sua milícia, carnais. Os cristãos deveriam se sentir responsáveis por disseminar o que promove a paz, e nunca o que gera morte. João 18.36: “O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui”. 2 Coríntios 10.4: “As armas com as quais lutamos não são humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas”. Talvez o referendo sobre o comércio de armas não fosse suficiente para resolver os impasses gerados pela violência urbana que se instalou no Brasil. Ele pode até ter sido convocado para camuflar a falta de uma política de segurança pública. Se o Sim fosse aprovado, talvez as cidades continuassem perigosíssimas. Mas ele serviu o bastante para se perceber o quanto os evangélicos ainda precisam amadurecer em cidadania e a dificuldade em aplicar no cotidiano princípios em que imaginam acreditar, bem como que precisam aprender que o seu papel é caminhar na contracultura. Soli Deo Gloria.
Resposta de Julio Severo: Se Gondim realmente acredita que nossas armas não são carnais, mas espirituais, por que então ele rotineiramente troca o verdadeiro Evangelho do Senhor Jesus Cristo por uma mensagem marxista com enfeites cristãos? Por que ele apoiou tanto Lula e o PT nas eleições presidenciais de 2002? Por que ele mesmo não deu o exemplo e optou por armas espirituais? Por que ele está tão revoltado com o resultado do referendo imposto pelo governo petista? É mais fácil atacar os outros do que fazer uma profunda avaliação de si mesmo? Vamos então aplicar, de acordo com o que Gondim quer, o argumento de que somos cidadãos de outro reino. Cidadãos de outro reino não apóiam Lula para presidente, mas apenas Jesus. Cidadãos de outro reino não chamam os bombeiros na eventualidade de um incêndio: eles chamam os anjos. Cidadãos de outro reino não votam nem participam de nenhuma atividade social, pois eles não têm nada a ver com este mundo. Cidadãos de outro reino não trabalham como deputados, vereadores, juizes e advogados, pois essas atividades estão intimamente ligadas com este mundo. Cidadãos de outro reino se ocupam mais com Jesus do que com ideologias espiritualmente inúteis e nocivas como o socialismo, pois o Evangelho está infinitamente acima do socialismo. Cidadãos de outro reino não se envolveriam apaixonadamente no referendo de proibição da defesa pessoal armada. Se Gondim se considera cidadão de outro reino, conforme sua própria interpretação, por que ele está tão preocupado e descontente com os resultados do referendo? Quer dizer que se os resultados tivessem sido o que seus sentimentos esquerdistas estavam desejando, aí ele iria escrever um elogio aos evangélicos que apoiaram o governo petista a desarmar a população civil? Gondim poderia ter utilizado sua habilidade de escritor evangélico para tratar de um assunto “do outro reino”, de interesse e edificação para os evangélicos. Contudo, ele preferiu tratar de um tema social a partir de um ponto de vista que promove não o bem-estar espiritual do povo de Deus, mas apenas o crescimento da ideologia esquerdista no meio evangélico. Ah, que ele amasse realmente o Evangelho de Jesus Cristo do jeito que ele ama o Evangelho de Karl Marx! Se ele de fato tivesse amor ao verdadeiro Evangelho, ele não teria tempo nem interesse em defender argumentos favorecendo a ideologia esquerdista. Por isso, em vez de gastarmos nossas energias em campanhas para desarmar a população civil inocente, que precisa se defender, deveríamos — se realmente tivermos tempo para essa questão — apenas apoiar todo esforço do governo para desarmar e punir a população criminosa, que utiliza suas potentes armas contrabandeadas para atacar a população inocente.
A situação de violência hoje no Brasil é tanta que a própria polícia se acha sem meios de se defender, contratando empresas particulares para fazer a segurança de suas próprias delegacias! Eu vi em pessoa uma delegacia da polícia federal no Estado de São Paulo que era protegida por uma empresa particular. Quem então protegerá a população, se nem a própria polícia se sente segura? Mais do que nunca no Brasil, cada cidadão honesto precisa ter garantido seu direito natural de ter os meios para se defender. Se Gondim quisesse fazer uma campanha para desarmar a população criminosa, com muita alegria eu o apoiaria, pois se o governo realmente conseguir desarmar todos os bandidos, os cidadãos terão mais liberdade e menos medo de continuar vivendo suas vidas normais. Mas essa não parece ser a proposta de Gondim.
Aliás, Gondim anda com idéias estranhas. Ele criou recentemente um controverso blog em homenagem a “Outro Deus” e teve rapidamente de desistir dessa aventura, por causa da repercussão negativa. Muitos internautas não estavam entendendo que “outro deus” é esse que ele estava tentando apresentar ou defender — principalmente porque esse estranho deus não tinha semelhança genuína com o único Deus verdadeiro. E, como não poderia deixar de ser, o controverso blog mencionava positivamente Karl Marx — que não é um fenômeno raro entre os esquerdistas. Assim, já não se sabe a quem realmente Gondim sempre dá seu Soli Deo Gloria.
Fonte: Júlio Severo
domingo, abril 24, 2011
FRASES PROTESTANTES: Silas Malafaia e o G12
Silas Malafaia e o G12
Aos poucos os evangélicos vão caindo na real e se tornam protestantes!
Louvo o artigo de João Flávio Martinez, que corajosamente "tocou" nos "intocáveis".
Eis o texto, divulguem:
Durante o Congresso Passando o Manto com líderes da Visão celular como; Apóstolo René Terra Nova , Apóstola Valnice Milhomens e Profeta Dr. Morris Cerullo e Rev. Dr. Mike Murdock, entre outros, o pastor Silas Malafaia pediu PERDÃO a Apóstola Valnice. O perdão seria pelas ofensas, agressões verbais e calúnias que liberou durantes muitos anos por causa da Visão do G12. Após essa atitude, a multidão liberou brados extravagantes e muitas lágrimas diante dessa tão “maravilhosa” atitude. Sem esquecer que no mesmo dia, Silas abraçou reconciliando-se com os ministros do Ministério Trazendo a Arca (ex-Toque no Altar), a quem havia exortado como rebeldes em uma de suas pregações.
Hoje Silas está envolvido com a Visão do G12 - visão que ele chamou de coisa do diabo - e com o líder primaz desse movimento no Brasil, René Terra Nova. Veja o que diz um site do movimento G12 sobre essa questão: “... sem esquecer-se do perdão que ele pediu ao Apóstolo René em um encontro de pastores nos EUA” – Isso sim é tremendo!!! Silas, como sempre, muda de idéias e de conceitos facilmente como quem muda de roupa. Antes era contra a doutrina da prosperidade e hoje vive elogiando o Profeta Morris Cerullo e o Rev. Mike Murdock; vivia condenando a doutrina do G12 e hoje vive elogiando e pegando carona nesses congressos celulares.
Diz uma fonte do G12 sobre Silas Malafaia e seu arrependimento: Nosso Apóstolo René Terra Nova e o pastor ASSEMBLEIANO anti-g12 Silas Malafaia, que até um tempinho atrás era nosso acusador principal, que nos condenava e caluniava sabatinamente por coisas que nem nós mesmos conhecemos, agora se deixa fotografar ao lado com nosso amado Apóstolo. O mesmo participará de um congresso com o Apóstolo René em Brasília - DF em julho deste ano. Que mudança para quem disse que nunca dividiria o mesmo púlpito ou altar com gedozista. Incrível!Toda essa novidade só me faz entender algo: René sempre foi um grande homem de Deus, um profeta legítimo; O G12 nunca foi algo do diabo ou coisa assim, pois somente algo vindo de Deus para sobreviver tantos ataques e continuar firme; e que o pastor Silas é maleável demais, hoje diz algo, condena e amanhã aplaude, aprova e respeita, e quem sabe mais tarde um pouco, seguirá. (http://diariodeumprofeta.blogspot.com).
Conclusão:
O que percebemos é que o Pr. Silas Malafaia se perdeu nessa questão e pendeu-se para o lado de movimentos e pessoas heréticas. Lamentamos, pois tínhamos nele uma pessoa salutar ao evangelho, mas hoje fica difícil de sustentar esse mesmo sentimento em relação ao referido pastor. Oremos! [E publiquemos!]
[Eu já sabia!]
Fonte: CACP
sexta-feira, abril 15, 2011
Palestra de Norma Braga no Vinacc
As pessoas, muito participativas e simpáticas, logo exclamaram: o cristianismo. “É isso mesmo”, confirmei.
Uma organização católica — Aid to the Church in Need (Ajuda à Igreja Sofredora) — publicou no ano passado um relatório sobre a perseguição religiosa. Descobriu que o cristianismo é a religião mais perseguida no mundo, com duzentos milhões de sofredores por discriminação. O relatório identificou dois tipos de perseguição: por membros de outras religiões e pelo regime político. No primeiro tipo, a Ásia lidera o ranking, continente onde o islamismo é dominante. O segundo é composto de países comunistas: Cuba, China, Coreia do Norte, Vietnã e outros. O relatório também afirma que a liberdade religiosa em alguns países ocidentais está decrescendo: mesmo com a propalada liberdade do “Estado laico”, os cristãos são perseguidos principalmente por causa de símbolos religiosos e por posições pró-vida. Não por acaso, um foco gigantesco hoje de anticristianismo nos países democráticos são as universidades. Quem nunca sofreu discriminação no ambiente universitário por ser cristão? (Fiz essa pergunta à plateia e agora pergunto ao leitor. Difícil, não é? Todo cristão sabe o que é isso…)
Por que estou citando esses dados? Porque nós, cristãos, nunca nos vemos como vítimas. E é bom que seja assim. Nós somos filhos do Deus vivo, somos redimidos, lavados pelo sangue de Jesus. Não podemos nos colocar no papel de vítimas da sociedade. Colocar-se no papel da vítima e depois exigir seus “direitos” de modo a pisotear os direitos alheios tem sido uma estratégia cruel, com objetivos de incremento de poder, utilizada por muitos grupos ideológicos, principalmente os esquerdistas, as feministas, os adeptos da ação afirmativa e do lobby gay. É também o meio preferido dos terroristas modernos, que se justificam em seus atos violentos dizendo-se vítimas da sociedade e da história. Não podemos, de modo algum, imitá-los nisso — até porque não é nosso objetivo, nem deve ser, o aumento do poder social. Mas, paradoxalmente, de acordo com os fatos, nós cristãos somos vítimas de verdade. Temos sido vilipendiados e perseguidos de todos os jeitos, aberta ou veladamente, em todo o mundo. E como reagir a isso? Precisamos compreender o fenômeno por pelo menos três motivos: não podemos cair no conto da vítima desses grupos que pressionam por poder, nem adotar a mesma estratégia, nem nos confirmar voluntariamente no papel de culpados das mazelas humanas. Dar a outra face, nesse caso, seria continuar a testemunhar Cristo mesmo com todos esses obstáculos."
Norma Braga